Deputada Estela Isabel e o pedido de desculpas

RESUMO DA ÓPERA

Seria cômico se não fosse trágico. Como se não bastasse a profunda sensação de insegurança que reina entre os paraibanos, eis que a mais destacada Deputada governista - Estela Isabel - , manifestando todo o seu desprezo pelos integrantes dos órgãos de segurança pública, em especial os da polícia militar, bradou do alto da tribuna da Casa de Epitácio Pessoa um dos mais injustos ataques proferidos por um integrante do mais alto escalão da bancada governista, ao afirmar que “a população se sente mais acuada do que protegida com a presença da Polícia”.

É verdade que por vezes alguns policiais cometem excessos, que são e devem ser apurados, e os seus responsáveis punidos exemplarmente. No entanto, a maioria absoluta dos policiais que arrisca diariamente a própria vida para proteger o cidadão de bem não pode ser vítima de um ataque tão covarde - já que não pode se defender, desferido por quem é cúmplice de um projeto fracassado, que prometeu resolver os problemas da segurança pública em 6 meses, e 7 anos depois a promessa não foi cumprida.

Ao invés de procurar contribuir para melhorar a situação das polícias e dos seus integrantes, em particular daqueles que já se aposentaram, depois de mais de 30 anos de sacrifícios, a Deputada prefere destilar a sua raiva, a sua antipatia, a uma instituição com 185 anos de bons serviços prestados a Paraíba, e que já foi por ela homenageada com a outorga de medalha.

Por fim, é preciso destacar, que o lamentável episódio aconteceu durante a votação de um projeto de lei, de autoria do Governo do Estado, cujo objetivo segundo declarações do Secretário da Segurança, era para legalizar as promoções dos Delegado de Polícia Civil , realizadas irregularmente em 2014, através de Medida Provisória que não foi apreciada pelo Poder Legislativo, e que provocou a revolta dos Agentes, Escrivães e Peritos da Polícia Civil.

Pois bem, este é o retrato do Governo e de alguns parlamentares que a maioria do povo paraibano, e certamente muitos de nós policiais militares, escolhemos para nos governar.